Portugal é um dos países mais
lindos da Europa e tem algumas peculiaridades que devem ser levadas em
consideração quando de sua decisão por férias naquele país.
A primeira delas é a de que se
trata de um país muito pequeno, com distâncias muito curtas entre uma cidade e
outra. Só para se ter uma ideia, de norte a sul, entre as cidades de Valença do
Minho e Faro, gasta-se cerca de 6 (seis) horas de viagem. Isso torna possível
visitar mais de uma ou duas cidades no mesmo dia.
Outra característica que não se
pode deixar de levar em conta é a de que a Igreja Católica está presente de
forma muito marcante em todo o país, de modo que, na maioria dos lugares, a
atração principal é uma igreja ou um mosteiro. Logo, para quem professa outra
fé ou não tem interesse algum nesse tipo de cultura, recomenda-se procurar
roteiros alternativos.
Por fim, apesar do tamanho,
existem dezenas de cidades e lugares interessantes, em todos os cantos do país,
de modo que é impensável conhecer tudo isso em menos de 15 (quinze) ou 20
(vinte) dias, por mais ligeiro e superficial que possa ser o roteiro.
Falarei mais sobre Lisboa numa
próxima postagem, assim como sobre as cidades vizinhas. Mas já adianto que essa
bela cidade merece pelo menos uns cinco dias de hospedagem, para que haja tempo
suficiente de ir, no mínimo, a Cascais,
Sintra, Estoril, Cabo da Roca, Queluz, Setúbal e Évora.
Como eu já conhecia Lisboa e seu
entorno, dessa vez optei por realizar um circuito pelo norte do país, tendo
como ponto de partida, o Aeroporto de Lisboa. Saí dirigindo meu carrinho Citroën C1
(minúsculo), com GPS. O aluguel por uma semana custou cerca de 400 (quatrocentos) euros... bem caro se comparado aos Estados Unidos.
Citroën C1 -seria pequeno para um casal
No aeroporto de Lisboa já comprei, por 15 (quinze) euros, um chip pré-pago da operadora de telefonia celular Vodafone para usar no meu smartfone, com direito a 500 Megabytes de internet rápida e ligações para o Brasil por apenas seis centavos de euro. Vale muito a pena ter internet full-time e não depender de ficar procurando hotéis ou restaurantes com wi-fi.
Aí vai uma dica: um bom smartfone, com acesso à internet 3G e com
os recursos de navegação por meio de GPS, dispensaria a locação do veículo com
GPS. Se eu tivesse me lembrado disso antes, teria economizado uns 80 euros.
Outro detalhe: os aluguéis de
carro em Portugal não são baratos, e existe pedágio a todo o momento, o que
torna quase obrigatório pedir à locadora que o carro já venha com um sistema de
leitura dos pedágios instalado no painel... depois é só esperar a conta. Mas
andar pelas vias locais é bem penoso, pois há um excesso de semáforos,
quebra-molas, desvios, rotatórias e passagens por dentro de pequenas cidades.
Assim são algumas estradinhas do interior de Portugal. É melhor pagar os pedágios.
Quando saí do Aeroporto de
Lisboa, programei o GPS para meu primeiro destino – Óbidos. Para experimentar, resolvi
evitar estradas com pedágios. Me arrependi bastante, pois gastei cerca de 2:30h
num trajeto que levaria pouco mais de 1h em autopistas. Essa lição me serviu
para o resto da viagem, pois tempo é dinheiro!
Com a locação do automóvel
planejada para exatos 7 (sete) dias, o itinerário ficou assim:
1º dia – chegada em Lisboa,
retirada do veículo às 14 horas e viagem para Óbidos.
2º dia – passeio em Óbidos pela
manhã e viagem para Fátima, passando por Nazaré, Alcobaça e Batalha.
3º dia – passeio em Fátima pela
manhã, prosseguindo para Tomar, e chegando em Coimbra.
4º dia – saída de Coimbra, com
parada em Aveiro e chegada em Guimarães.
5º dia – passeio em Braga e
Barcelos, com retorno a Guimarães para pernoite.
6º dia – saída de Guimarães, com passagens
por Amarante, Vila Real, Pinhão e Lamego, e chegada na cidade do Porto no fim
do dia.
7º dia – dia inteiramente dedicado
às cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.
8º dia – término do circuito, com
devolução do veículo no aeroporto da cidade do Porto, por volta das 14 horas.
O roteiro ficou de bom tamanho
para um viajante individual, com o tempo bastante otimizado. Para casais ou
grupos, talvez seja melhor ampliar o número de dias, pois o ritmo da viagem
acaba sendo um pouco mais lento.
Outro detalhe: a viagem foi
realizada no fim do inverno. Anoitecia por volta das 18 horas. No verão, a luz do dia permanece por mais tempo. No
entanto, para evitar desgaste físico, todos os meus dias começavam depois das 8
horas da manhã e raramente se encerravam depois das 18 horas, de forma que,
apesar de ter visto muita coisa em poucos dias, o ritmo não foi alucinante.
A opção de devolver o carro na
cidade do Porto foi por conveniência pessoal. O mais usual é realizar o roteiro
de ida e volta a Lisboa, com a oportunidade de conhecer a Serra da Estrela, passando pelas cidades de
Guarda, Covilhã e Castelo Branco. Para isso, seria necessário um acréscimo de
um ou dois dias.
Poderia também ter optado por um
itinerário mais longo, mas já conhecia as cidades de Valença do Minho e Viana
do Castelo. Com uns três dias a mais, é possível ir mais ao norte e chegar até
as cidades espanholas de Vigo e Santiago de Compostela. Está tudo pertinho. Vai
depender apenas do seu tempo disponível, pois lugares para visitar não faltam.
Como disse, Portugal é infinito
em belezas e opções. É necessário ter o foco daquilo que se pretende fazer e
delimitar o tempo disponível. Nas próximas postagens passarei a relatar o meu
dia-a-dia e a postar as fotos dos lugares por onde passei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são muito bem vindos e importantes, pois enriquecem o conteúdo dos textos e completam o debate sobre os assuntos que tratamos aqui no Viajar e Voar.
Há algumas regras importantes sobre essa seção:
- Não serão publicados comentários que não tenham relação com o artigo.
- Não respondemos comentários por e-mail. Por isso, não deixe seu e-mail no comentário.
- Comentários enviados são de responsabilidade de seu autor.